terça-feira, 4 de setembro de 2007

Bonitinha, mas ordinária

AQUÁRIO (21 de janeiro a 19 de fevereiro)
Deixe, por um tempo, a vontade de brilhar e de aparecer através de suas idéias originais e de sua espirituosidade. O que importa agora é manter o foco no essencial. Este sim, é que vai levar você a mudar de verdade.
E o essencial é não ter medo do que é ordinário, cotidiano, comum e habitual.

Ordinária, comum, habitual. Ou seja, simplesmente NORMAL (usando um termo mais contemporâneo, básica). Mesmo assim, por mais simples que possa parecer, acho que é muito para mim (ou muito pouco - tanto faz, qualquer extremo superlativo), por mais que eu tente, ou sou demais ou sou de menos. (Como disse hoje o Tito: Tudo por atacado. Hahahahaha). Manter-me na média é, pra mim, exaustivamente difícil. Aliás, nem entendo verdadeiramente o conceito de normalidade. Às vezes normal é elogio, às vezes ofensa ou, até mesmo, o mínimo esperado. Compreendo os usos da palavra e suas manifestações de significado, mas a questão realmente é o conceito. Sempre que paro para pensar sobre isso, chego muito perto da conclusão de que o normal não existe, é apenas um parâmetro e não mais que isso. Como o Equador ou o meridiano de Greenwich, linhas imaginárias que servem como referencial, mas não são algo concreto*. Ou seja, estou incrivelmente inclinada a acreditar que a idéia de normalidade é, exatamente isso, apenas uma idéia.

*acabei de chegar a uma conclusão genial (mais que isso, uma revelação! Praticamente uma epifânia! Hahaha). Amanhã, se meu horóscopo me liberar do compromisso pessoal de tentar ser normal, exporei a incrível lacuna que descobri existir na interseção entre a Trigonometria e a Língua Portuguesa. Nada complexo, apenas uma explicaçãozinha básica. ;)

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Soteropaulistana

Hoje faz 13 anos que moro na insana e irresistível cidade que é São Paulo. Obrigada por me receber de braços abertos. Obrigada por me deixar amá-la como se ama um lar. E, sobretudo, obrigada por me abraçar por todos esses dias e pelos muitos próximos.

Bis

Atendendo a pedidos, letra original de Tempo Rei: http://www.mpbnet.com.br/musicos/gilberto.gil/letras/tempo_rei.htm

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Tempo Tempo Tempo

(Apropriação, fragmentação e confusão de Tempo rei de Gilberto Gil, reflexo de minha atual situação mental)

Nãomeiludo águamolepedradura tudopermanecerádojeitoquetemsido transcorrendopeloeternovento transformandoTempoeespaço navegando todosossentidosfustigadospelachuva aságuasderepenteficamsujas tantobateque nãorestaránempensamento mesmoofundamentosingulardoserhumano nãomeiludam deummomentoparaooutro tudoagoramesmopodeestarporumsegundo.
Tempo rei transformaiasvelhasformasdoviver
Ensinai-me Pai oqueeuaindanãosei Tempo rei.

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Joio e Trigo

Dedicado a Antonio Barros (in memoriam). Um gênio que morreu de tédio.
Gente burra me irrita, mas há uma maneira simples e discreta de distinguí-las. Aprendi com meu Tio Antonio. Mesmo sendo um professor incrível , ele nunca soube que estava me ensinando. Mas, sem dúvida, aprendi muito sobre as pessoas com ele. A mais rápida e eficiente maneira de medir a inteligência e bom senso de alguém é tentando chocá-lo. Falo algo improvável ou absurdo. Os inteligentes sacam na hora, acham graça, entram na brincadeira ou são irônicos. Ou ficam quietos, como eu, observando a reação dos chocados desavisados.
Arrogância minha? Talvez, porque burrice realmente me irrita. Mas, graças à irreverência e intolerância de um genial professor de Língua Portuguesa (de quem nunca assisti uma única aula) aprendi: Gente burra me irrita, mas me diverte também.

*
Aconteceu 2ª feira, durante uma reunião e eu só estava tentando ser simpática:

Pati diz: – Fulana, essa é a Mila

Fulana : – Oi

Eu (Mila): –Olá, prazer.

Fulana : – Nossa, como você parece com alguém q conheço.

Fico meio sem graça e abro um sorriso gigante, para tentar ocupar espaço na conversa.

Fulana: – Nossa!! Ela parece mesmo muito com alguém!!!! – olha em volta pra ver sabe-se lá o que.

Penso (eu, Mila):- caramba, tenho que dizer alguma coisa... E digo:
– Eu pareço com o gato da Alice...

Dou um sorrisinho maroto. Toda a sala ri. Bom, toda a sala exceto Fulana, que parece ainda ter uma dúvida:
- Ahh. E seu nome é Alice?

sábado, 9 de junho de 2007

Blog de um post só

Este já é meu terceiro ou quarto blog e, desta vez, vou tentar fugir à (minha própria) regra e passar do primeiro post. E (olha que evolução!) vou contar às pessoas que ele existe! Ah! E não vou esquecer meu username e senha, vou poder alterá-lo, atualizá-lo ou, até mesmo, deletá-lo. (Ooops!)

domingo, 20 de maio de 2007

Em gotas

1
Hoje conheci um alquimista, seus dentes pareciam de vampiro e seu cheiro de formol com própolis.

2
Ele disse que em seu consultório não havia própolis. Meus olhos arderam e pensei em sair correndo.

3
Eu estava calada. Ele me entregou um remédio para eu falar menos. Apenas o som de minha risada ecoou pela sala.

4
- Você é ansiosa?
- er...eu tô só comendo meu dedo...

5
- Sua circulação não está boa, aqui tá até meio verde...
- É, eu sou bege esverdeada, às vezes acho que brilho no escuro. -Desta vez, o alquimista também riu.

6
Ao se despedir pude ver, novamente, seus dentes pontiagudos.
Espero que tenha sido um sorriso.